Como atividade, lavar roupa tem um passado fortemente feminilizado. Durante tempos imemoriais foi uma profissão feminina e em muitas cidades do sul da Europa foram designadas áreas especiais para tal, constituindo espaços socialmente importantes para as comunidades femininas. Em muitas línguas, a palavra lavadeira existe apenas na forma feminina, faltando uma contraparte masculina.
De acordo com o Instituto Europeu para a Igualdade de Género, as mulheres realizam pelo menos o dobro do trabalho doméstico não remunerado do que os homens.
Secando do lado de fora, a roupa passa da esfera privada do interior para a esfera pública das ruas. Devido a esta breve mas cíclica intrusão no mundo exterior, secar roupa poderia ser vista como uma sinédoque, um manifesto de trabalho incessante e invisível realizado por mulheres, tornando-se, ao mesmo tempo, uma marca de visibilidade feminina deixada no espaço público.
Artista:
Ola Korbańska é artista visual e designer interdisciplinar, formada pela Design Academy Eindhoven. Com o uso de vários médias, como instalação, design ou texto escrito, investiga a natureza dos objetos no contexto da temporalidade e da percepção social.
Festival promovido pela Câmara Municipal de Aveiro e organizado pelo Teatro Aveirense.
Em 2021, decorre de 15 a 18 e de 23 a 25 de julho em vários locais da cidade – sempre com entrada livre, mediante levantamento de bilhete nos locais dos eventos 1hora, antes do inicio do espetáculo.
Exceto os concertos da Praça Marquês de Pombal cujo os bilhetes terão que ser levantos junto ao Museu de Aveiro – Santa Joana, 1h30m antes do inicio do espetáculo.
Aveiro
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